Município de Viseu vai construir ETAR de nova geração que custará mais de 3,5 ME

1804

O município de Viseu vai construir uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de nova geração que servirá Silgueiros, Oliveira de Barreiros e Póvoa de Muscos, um investimento superior a 3,5 milhões de euros.

O município anuncia, em comunicado hoje divulgado, que vai avançar com o concurso público para a construção da ETAR, de forma a “melhorar as condições de vida e saúde pública de mais de 3.000 viseenses”.

“O objetivo é garantir o tratamento adequado das águas residuais domésticas da freguesia de Silgueiros e das povoações de Oliveira de Barreiros e Póvoa de Muscos, na freguesia de São João de Lourosa, de acordo com os requisitos e processos mais avançados, definidos pela legislação mais recente, e desativar as ETAR de Passos de Silgueiros e Lages de Silgueiros”, explica.

Segundo a autarquia, o projeto de execução integra “a interligação das redes existentes, pequenas ampliações que permitirão servir alguns locais que atualmente não estão dotados de redes de saneamento básico e uma nova ETAR”.

Já se encontra concluída “parte das redes de coletores de águas residuais domésticas que servem a freguesia de Silgueiros e as povoações de Oliveira de Barreiros e Póvoa de Muscoso”, acrescenta.

Atualmente, as águas residuais nestas localidades são tratadas em duas fossas séticas coletivas e quatro estações de tratamento.

“A maioria destas estações foram construídas em 1998, com um horizonte de projeto de 20 anos, como são os casos da ETAR de Lajes, ETAR de Passos e ETAR de Loureiro. Considerando que se aproxima o fim do tempo de vida útil da maioria das ETAR referidas, é fundamental avançar para uma nova solução, alinhada com a mais recente legislação”, justifica a autarquia.

Com a nova ETAR de Silgueiros será possível “dar cabal cumprimento ao atualmente exigido pela Agência Portuguesa do Ambiente, isto é, dispor de tratamento mais avançado que o secundário com remoção de azoto total e fósforo total”, além do cumprimento de outros parâmetros impostos por lei.

“A infraestrutura permitirá um tratamento às águas residuais mais avançado do que o atualmente é feito, de forma a beneficiar o meio recetor em termos ambientais e de saúde pública. Após a sua implementação, permitirá ainda desativar quatro ETAR e duas fossas séticas coletivas, havendo consequentemente um aumento da eficiência dos recursos humanos e materiais afetos à atual operação das ETAR existentes, com uma redução dos custos por via de uma economia de escala”, acrescenta.

A autarquia estima que sejam precisos mais de 3,5 milhões de euros para “as obras inerentes às pequenas ampliações e ligações entre bacias de saneamento e construção de uma nova ETAR”.