O candidato do Chega à Câmara de São Pedro do Sul, Miguel Santos, defendeu hoje um concelho mais sustentável, mais qualidade de vida e maior rede de transportes municipais assim como outros critérios para o IMI.
“É preciso criar incentivos para que os jovens e famílias possam regressar ao interior. Criar condições para que empresas se possam instalar no concelho, porque quantas mais houver, mais postos de trabalho serão criados”, defendeu Miguel Santos, que se afirma independente.
Em declarações à agência Lusa, o candidato destacou que “não são empresas poluentes, porque esse é um dos combates desta equipa” que se candidata à presidência da câmara nas eleições marcadas para 26 de setembro.
“Queremos um bom ambiente, sustentável a todos os níveis. A começar na agricultura, que queremos apoiar com a criação de feiras quinzenais descentralizadas para que os produtos possam ser escoados”, prometeu.
E porque São Pedro do Sul é “um concelho verde, é muito importante colocar câmaras nas florestas para fazer uma maior vigilância, porque toda a gente sabe que a maior parte dos fogos são postos e por isso é preciso que as florestas estejam bem vigiadas e em tempo real”.
“Temos de criar mais mobilidade entre as aldeias e a cidade, para que os jovens que não têm carta de condução se possam deslocar, nomeadamente para a zona industrial de Bordões, por exemplo, para trabalhar”, acrescentou.
Uma mobilidade também necessária “para as pessoas mais idosas que queiram ir às compras, porque até podem apanhar um autocarro, mas depois têm de regressar a casa de táxi, porque os transportes no concelho praticamente não existem”.
“Outra coisa importante é a criação de um gabinete multifacetado para apoiar os mais idosos, para os ajudar em coisas que, aparentemente são simples, mas que nem todos os idosos têm essa mobilidade, como mudar uma lâmpada, por exemplo, ou resolver qualquer outro problema em casa. Dar-lhes mais qualidade de vida”, defendeu.
Outra mudança que quer fazer na autarquia é no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) que, apesar de defender a sua existência, considera que “os critérios não têm cabimento e, por isso, têm de ser avaliados e ajustados à realidade” de São Pedro do Sul.
Natural de Calde, concelho de Viseu, terra natal da mãe, cedo se mudou para Pindelo dos Milagres, onde estão as raízes do pai e onde acabou por viver e “criar mais laços com a população de São Pedro do Sul” que de Viseu.
Músico, cantor e compositor de profissão, viveu 18 anos emigrado na Suíça e regressou a Portugal em 2007, “convencido que o país estava mais desenvolvido do que na realidade estava”.
“Outros países que entraram para a União Europeia depois de nós, estão muito mais desenvolvidos do que Portugal e foi isso que me motivou para esta candidatura, porque tal como a minha equipa, quero um futuro melhor para filhos e netos”, justificou.
Aos 36 anos, é casado e tem duas filhas adolescentes e, apesar de residir no concelho vizinho de Oliveira de Frades, “o amor a São Pedro do Sul é motivação suficiente para trabalhar pelo concelho” que o viu crescer,
“O Chega desafiou-me e eu vou à luta com toda a minha força, com uma equipa corajosa como eu que pretende um concelho mais ecológico e com mais emprego. Sou independente, mas identifiquei-me com o projeto e com as ideologias do líder do partido, André Ventura e por isso entro nestas lides políticas”, admitiu.
À presidência da Câmara de São Pedro do Sul, nas eleições marcadas para 26 de setembro, também concorre o atual presidente, Vítor Figueiredo (PS), o ex-presidente António Carlos Figueiredo (PSD) e Alexandra Pessoa (CDU).
A câmara tem sete mandatos, cinco são do executivo socialista liderado por Vítor Figueiredo desde 2013, que conquistou, em 2017, 61,01% dos votos, e dois da oposição social democrática, que teve 33,05% do eleitorado.