Miguel Rodrigues, jovem baterista e compositor de Viseu que também integra o colectivo Gira Sol Azul acaba de lançar o seu primeiro disco, ‘Empa’. Em Junho do ano passado, o musicólogo Rui Eduardo Paes incluía o baterista na “selecção das jovens figuras da música portuguesa “que começaram a pôr tudo de pernas para o ar nestes últimos tempos” e o crítico António Branco (jazz.pt) considerou-o “uma das mais sólidas promessas do jazz nacional”.
Miguel Rodrigues, concluiu o curso profissional de Instrumentista Jazz no Conservatório de Música da Jobra e tem colecionado galardões: integrou o combo vencedor do concurso de escolas da 11.ª Festa do Jazz do São Luiz, integrando o quarteto do saxofonista Sócrates Bôrras ficou em segundo lugar na categoria de Jazz Combo na edição de 2016 do Prémio Jovens Músicos da RTP/Antena 2.
Como músico “freelancer”, já tocou, em diferentes contextos, com Albert Cirera, Carlos Bica, Demian Cabaud, João Guimarães, Paulo Perfeito, Gileno Santana, Xosé Miguelez entre muitos outros e nas suas colaborações extravasam os domínios do jazz, tendo já tido oportunidade de tocar com António Zambujo, Elisa Rodrigues, Miguel Araújo.
Há vários anos que Miguel Rodrigues tinha vontade de explorar o cruzamento de ideias escritas com a criação em tempo real e em 2019 surgiu a oportunidade de pôr mãos à obra no âmbito do apoio à edição discográfica da Cena Jovem Jazz.pt, iniciativa que se destina a dar resposta à falta de oportunidades de desenvolvimento de projetos artísticos por parte de jovens músicos.
Empa, acto de colocar uma estaca que sustenta plantas trepadeiras, tem tudo a ver com a música de Miguel Rodrigues que se faz acompanhar de José Diogo Martins ao piano e Demian Cabaud no contrabaixo. Neste encontro o trio lança-se numa constante de liberdade na criação musical em tempo real, em que é precisamente a improvisação que sustenta a música.