Rastreio de base populacional pode reduzir número de mortes por cancro do intestino
A Europacolon Portugal – Apoio ao Doente com Cancro Digestivo está preocupada com a inexistência de um rastreio de base populacional desta patologia em todo o país. De acordo com a associação, esta é uma medida que, ao ser implementada, pode diminuir o número de mortes por cancro do intestino.
“Temos vindo a manifestar a nossa preocupação ao longo dos últimos anos em relação à não implementação de um rastreio de base populacional em todo o país. Morrem 11 portugueses por dia com cancro do intestino e ninguém parece estar devidamente sensibilizado para esta questão. É preciso implementar políticas e atuar rapidamente para que possamos diminuir o número de mortes por este tipo de cancro”, refere Vítor Neves, presidente executivo da Europacolon Portugal.
Vítor Neves acrescenta ainda que “esta não é uma tarefa impossível, muito pelo contrário. É possível evitar estas mortes. Falamos de um tumor que demora entre seis a oito anos a evoluir, ou seja, se for detetado precocemente, o doente pode ser devidamente tratado e o desfecho não será o mesmo”.
O cancro do intestino é a doença oncológica com maior mortalidade e incidência em Portugal, com cerca de 8 mil novos casos todos os anos e responsável pela morte de 4 mil portugueses anualmente.
A Europacolon Portugal está a desenvolver diversas atividades com foco nas atitudes preventivas, na sensibilização e no aumento da literacia relativamente à patologia do Cancro Digestivo.
Entre os dias 9 e 11 de março decorre também o Peditório Nacional da Europacolon que tem como finalidade ajudar os doentes oncológicos. Esta angariação de fundos será realizada em Bragança, Vila Real, Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Coimbra, Leiria, Guarda, Castelo Branco, Lisboa, Évora e Faro. Os donativos podem também ser feitos através de transferência bancária para o IBAN PT50 0033 0000 4532 3892 9170 5.