Neste início do mês de julho, a campanha «Mangualde, o nosso património!» destaca as ‘Religiosidades’. Promovida pela autarquia, esta campanha tem como objetivo aproximar a população do património mangualdense do mais belo que existe no concelho. Com esta campanha todos ficam mais próximos do vasto esplendor patrimonial do concelho. Nesse sentido, continua a ser colocada, nos meios digitais do município, a informação sobre o monumento/património apresentado.
RELIGIOSIDADES
Ao longo da história, as relações entre homem e divindades assumiram contornos diversos. Da adoração ao culto, com mediação sacerdotal ou numa ligação directa e individual, desenvolveram-se rituais que foram adoptando múltiplas facetas. Perante adversidades, fenómenos inexplicáveis, catástrofes, doenças, na pressuposição da existência de vida para além da morte, como forma de agradecimento, de favorecimento, de adiamento de algo tantas vezes inadiável, o carácter transacional da religiosidade foi-se constituindo numa das formas mais frequentes dessa relação homem/divindade. É o homem, assente em extrema fragilidade, que, não conseguindo vencer a sua própria condição humana com os seus recursos, apela e recorre aos mais elevados poderes só à mercê de entidades superiores, de deuses ou santos.
Independentemente do que lhes possa subjazer, a elevação de nichos ou altares exteriorizam a simples, mas arreigada, devoção a uma santidade. No bairro do Relógio Velho pode ver-se um nicho erigido a Nossa Senhora de Fátima. Acto cultural de religiosidade incontida.
António Tavares, Gabinete de Gestão e Programação do Património Cultural da CMM
Foram já vários os bens patrimoniais destacados por esta campanha nos últimos anos. A título de exemplo, já foram destacados os Refrigerantes Condestável de Abrunhosa do Mato, os Bordados de Tibaldinho, a Casa dos Condes de Mangualde, a Fonte de Ricardina, vestígios arqueológicos ao tempo do Império Romano em Pinheiro de Tavares, a Capela de São Domingos de Ançada, a Carvalha, a Capela de Santo António em Mesquitela, a Fundação de Nossa Senhora da Saúde de Cunha Alta, os símbolos maçónicos e o Solar de Santa Eufémia. Mais recentemente, estiveram em destaque o Santuário de Santa Luzia, em Freixiosa; a Casa de Darei, na aldeia de Darei, freguesia de Mangualde, a Igreja Matriz de Várzea de Tavares, a Calçada Romana de Mourilhe; a Igreja de São Pedro de Cunha Alta; e a Capela de São Sebastião, em Santiago de Cassurrães, a Alminha de Tabosa, a Capela de São Domingos de Vila Mendo, o Pontão da Amieira, em Quintela de Azurara, o Depósito da Cruz da Mata, a “Senhora da Graça, ou do Alqueve – Fortaleza de Deus?”, o Portal Quinhentista de Pinheiro de Tavares, as Estelas funerárias de Abrunhosa do Mato, o Chafariz da Cunha Baixa, o Pastel de Feijão e o Coreto da Senhora dos Verdes.