Nesta segunda quinzena de agosto, a campanha «Mangualde, o nosso património!» destaca o Largo de Pedro Álvares Cabral. Promovida pela autarquia, esta campanha tem como objetivo aproximar a população do património mangualdense do mais belo que existe no concelho. Com esta campanha todos ficam mais próximos do vasto esplendor patrimonial do concelho. Nesse sentido, continua a ser colocada, nos meios digitais do município, a informação sobre o monumento/património apresentado.
LARGO DE PEDRO ÁLVARES CABRAL
O Largo de Pedro Álvares Cabral deve o seu nome ao descobridor do Brasil, descendente dos alcaides de Belmonte e senhores de Zurara e de Tavares. Ocupa uma área que, outrora, era malha residencial medieval e moderna e pequena praça central do velho burgo mangualdense. Integrava o “Cabo do Vila”. Aqui se concentrava a vida económica, social e política: a câmara municipal, a cadeia, o tribunal e o pelourinho, destruído em meados do século XIX, com a abertura da estrada de Viseu para a Guarda.
Convivendo com a demolida capela de São Bartolomeu, de ancestrais origens, viu erigir, sobre o enorme maciço rochoso, a torre de albergue do relógio que, marcando o tempo, arregimentava os vereadores para as sessões de câmara; assistiu à construção do soberbo palácio dos Pais de Amaral, à da Igreja da Misericórdia, à do Convento – hoje complexo paroquial -, ao erigir padrão das comemorações do “Mundo Português”. Viu demolir a primitiva câmara e, depois, a que lhe sucedera. Generosamente ampliado, foi feira do calçado e de animais, aceitou a translação do fontenário da Avenida da Liberdade e, de forma impávida, mas serena, permitiu a transferência da sua centralidade para o largo Dr. Couto e Rossio.
Autêntico palimpsesto, guarda ainda vestígios da romanização – calçada romana – e convive, paredes meias, com a sepultura alto-medieval da Mata dos Condes.
Coordenadas geográficas: 40º 36.373’N; 7º 45.975’O
António Tavares, Gabinete de Gestão e Programação do Património Cultural da CMM
Foram já vários os bens patrimoniais destacados por esta campanha nos últimos anos. A título de exemplo, foram recentemente destacados o Santuário de Santa Luzia, em Freixiosa; a Casa de Darei, na aldeia de Darei, freguesia de Mangualde, a Igreja Matriz de Várzea de Tavares, a Calçada Romana de Mourilhe; a Igreja de São Pedro de Cunha Alta; e a Capela de São Sebastião, em Santiago de Cassurrães, a Alminha de Tabosa, a Capela de São Domingos de Vila Mendo, o Pontão da Amieira, em Quintela de Azurara, o Depósito da Cruz da Mata, a “Senhora da Graça, ou do Alqueve – Fortaleza de Deus?”, o Portal Quinhentista de Pinheiro de Tavares, as Estelas funerárias de Abrunhosa do Mato, o Chafariz da Cunha Baixa, o Pastel de Feijão, o Coreto da Senhora dos Verdes, Religiosidades, “Persistências… ou uma lição a aprender” e o Fontenário do Alpoim ou “Chafariz da Mesquitela”.