A Campanha de Sensibilização para o Cancro Colorretal, que ocorreu entre os dias 15 de março e 14 de abril, permitiu identificar 177 pessoas com sangue oculto nas fezes, tendo sido indicadas para acompanhamento médico. Os resultados revelam que, entre os 4.190 participantes, 95,8% testaram negativo para a pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF).
Sensibilizar para a deteção precoce do Cancro Colorretal (CCR), um dos cancros com maior incidência no país e também um dos mais mortais, foi um dos principais objetivos da Campanha dirigida a pessoas dos 50 aos 74 anos e assintomáticos, bem como, consciencializar a população para os sinais e sintomas, fatores de risco e importância do diagnóstico precoce. A iniciativa, apoiada pela Fundação Ageas, Médis, Farmácias Portuguesas, Fundação Millennium bcp, Fundação Calouste Gulbenkian, Europacolon Portugal, Alliance Healthcare e pelo Laboratório Germano de Sousa, decorreu em 292 farmácias aderentes, com a participação de 4190 pessoas.
A idade média dos participantes rondou os 61 anos, sendo que cerca de metade dos participantes (48,1%) tinham idades compreendidas entre os 50 e os 59 anos. A participação de mulheres foi mais significativa (57% mulheres vs. 43% homens), mas, em comparação com campanhas anteriores, a participação masculina aumentou significativamente.
No que diz respeito aos resultados, os testes positivos fixaram-se nos 4,2% (177 pessoas), tendo-se observado uma maior prevalência de resultados positivos nos homens face às mulheres (56,5% homens vs. 43,5% mulheres). Aos utentes com resultados positivos, foi recomendado consulta médica para análise da situação e definição de próximos passos, nomeadamente a realização de colonoscopia, de acordo com as Normas nacionais.
Viseu encontra-se entre os distritos com maior número resultados positivos (14%), seguido de Bragança e Beja (ambos com 12%). Já o distrito de Lisboa contou com o maior número de participantes (2.036), seguido do Porto (436), Setúbal (267), Coimbra (210) e Castelo Branco (197).
O diagnóstico precoce e a promoção da literacia são fundamentais para a redução da mortalidade, da morbilidade e dos custos em saúde, nomeadamente em contexto de pandemia em que houve atrasos nos diagnósticos e limitações no acesso aos cuidados de saúde.
As farmácias têm um papel importante no diagnóstico precoce e na literacia em saúde como ficou demonstrado em contexto pandémico com as limitações de acesso aos cuidados primários de saúde.