A liberdade é a expressão genuína da essência humana. Nascemos livres, mas desde a infância que somos moldados pelo meio que nos rodeia, por influências tais como a educação, o ambiente espiritual, ético, religioso e ideológico, em que crescemos, bem como, pelas circunstâncias nacionais, sociais, políticas e culturais, em que vivemos.
O Ser Humano não faz o que quer, mas pode traçar a realização de metas e o caminho para alcançá-las, e isso define o seu espaço de liberdade.
O homem é um ser inacabado e vai fazendo escolhas durante todo o seu percurso de vida. Somos livres porque podemos fazer e alterar essas escolhas sempre que tal desejamos. E como é bom podermos fazer essas escolhas, definindo o próprio caminho, traçando os próprios planos.
Nada na vida compensa o preço de ser livre.
O que seria de nós, neste mundo globalizado, se não pudéssemos expressar-nos livremente? Não existia debate, pensamento livre, e até a ciência, que depende fortemente de que se possa dizer, do que se pensa (hipóteses) e do que se encontra (evidências), seria gravemente afetada.
A internet uniu o mundo em rede, facilitando a nossa comunicação, permitindo dessa forma excessos que só a liberdade usada para fins inadequados permite.
O uso que se faz do valor Liberdade, nem sempre é consentâneo com a ética e o respeito pelo outro. O que assistimos diariamente na comunicação social é em muitos casos: especulação, mentira e difamação. Isto não deve ser confundido com liberdade de expressão, trata-se isso sim, de mero espetáculo. A liberdade é sinonimo de dever. A liberdade de expressão, exige sempre uma elevada responsabilidade, já que aquilo que dizemos, ou escrevemos, pode causar dor a nós mesmo e/ou ao próximo.
O Dia Mundial da Liberdade celebra-se a 23 de janeiro.
A data foi criada pela ONU e proclamada pela UNESCO. A liberdade é um direito de todos os seres humanos em realizarem as suas próprias escolhas, traçando o seu futuro e decidindo as suas opções de vida.
Liberdade na Declaração Universal dos Direitos Humanos
A Declaração Universal dos Direitos Humanos contempla a liberdade no Artigo 1.º: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
Já o Artigo 2.º refere que: “Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação.”
Os tempos difíceis que vivemos, em clima de crise generalizada, reclamam a valorização da liberdade enquanto recurso humano único, de tolerância e pacificação.
Vítor Santos