Lamego agarrou o desafio de apoiar a reconstrução da Escola Primária Completa de Ndeja, na região da Beira, Moçambique, destruída pela devastação do ciclone Idai, em março último. No terreno, os donativos dos lamecenses, angariados no âmbito da campanha de ajuda humanitária “De LAMEGO para LAMEGO”, já estão a dar frutos, com o início da reabilitação daquele estabelecimento de ensino frequentado por mais de 700 crianças, da 1ª à 7ª classe. Na manhã desta quinta-feira, diversos responsáveis de instituições do concelho procederam, num ato simbólico, à entrega de um cheque no valor de 3222 euros a aplicar neste projeto solidário. “Esta iniciativa teve o mérito de unir várias entidades locais para apoiar lamecenses de Moçambique. Quisemos fazer a diferença. Aquilo que para nós se afigura como muito pouco, pode transformar-se em imenso quando queremos e a necessidade o impõe”, afirma António Alves da Silva, Vice-Presidente da Câmara Municipal. A trabalhar no terreno há mais de 10 anos numa ONG, Zachary Lager agradeceu a todas as pessoas que contribuíram para esta causa: “Todos temos algo para oferecer ao mundo”. A campanha “De LAMEGO para LAMEGO” foi promovida pelo Município de Lamego, em parceria com a Delegação de Lamego da Cruz Vermelha Portuguesa, a Cáritas Diocesana de Lamego e o Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes. A intervenção em curso na Escola de Ndeja incide sobretudo na reabilitação das salas de aula, das residências dos professores e das instalações sanitárias, dotando-as de condições mínimas de dignidade. Este estabelecimento de ensino acolhe as crianças que foram relocalizados na aldeia de Ndeja, um novo bairro de “reassentamento” que surgiu numa antiga quinta agrícola colonial, no perímetro da localidade de Lamego. É nesta aldeia, povoada por milhares de “lamecenses” sobreviventes, que estão a ser aplicados, por intermédio da Cruz Vermelha Portuguesa, os donativos recolhidos.