O 45º aniversário da histórica madrugada do 25 de Abril de 1974 foi assinalado em Lamego com uma grande variedade de eventos de índole institucional, cultural e desportiva. O momento mais simbólico das celebrações foi a realização da Sessão Solene da Assembleia Municipal Comemorativa do Dia da Liberdade, tendo como oradora convidada a advogada Mónica Quintela que proferiu uma Oração de Sapiência sobre o tema “A justiça e os Direitos Humanos – de Abril aos nossos dias”.
Durante o discurso de encerramento da Sessão Solene, o Presidente da Assembleia Municipal, José Rodrigues Lourenço, enalteceu que “aos 45 anos de idade, a democracia já atingiu a sua maturação. Nela podemos ver algumas fragilidades ou enquistamentos, mas nunca o desvio da sua substância, da sua herança e da sua perenidade”. Com um Salão Nobre repleto de pessoas “de cravo ao peito”, sublinhou ainda que “ser livre, nos seus mais variados segmentos ou amplitudes, mesmo que comprimidos quando em conflito com deveres ou a liberdade dos outros, é a maior conquista daquela heróica madrugada”. Intervieram nesta sessão, os representantes dos grupos políticos que compõem este órgão e, pela segunda vez, o Presidente da Câmara Municipal. “A democracia só se constrói e robustece com o envolvimento e a participação de todos os cidadãos, sem exceção, com a inerente discussão e confronto de ideias, projetos, programas e estratégias, quer se considere o âmbito local, regional, nacional ou internacional”, enfatizou Ângelo Moura.
No conjunto dos atos de Comemoração do Dia da Liberdade em Lamego, também se destacou a realização da 11ª Assembleia Municipal do Futuro subordinada ao tema “O desenvolvimento sustentável da cidade de Lamego, a nível económico, social, ambiental e demográfico”, um fórum de debate juvenil dinamizado por alunos de diversos estabelecimentos de ensino do concelho. A proclamação dos valores da Liberdade e da Democracia passou ainda, na noite de 24, pelo palco do belo Teatro Ribeiro Conceição com a realização de um espetáculo inolvidável – “Ergo um Cravo” -, durante o qual a Companhia Jovem de Dança do Porto apresentou excertos de três dos mais incontornáveis bailados de reportório clássico e uma coreografia original do “Bolero” de Ravel. O Grupo Opera Intermezzo também enriqueceu este evento com a interpretação de quatro árias líricas.