A maioria dos jovens portugueses qualificados (cerca de 65%), que emigraram nos últimos anos, querem regressar – revela um estudo promovido pela Fundação AEP com o apoio da União Europeia/FEDER através do Compete 2020 no âmbito do projeto Empreender 2020 – Regresso de uma Geração Preparada.
O estudo, o primeiro a procurar saber quem são, onde estão e o que querem os nossos jovens qualificados que emigraram em larga escala nos últimos anos, revela que dos cerca de 65% que querem regressar, cerca de 21% afirma pensar fazê-lo até dois anos e 27% daqui a mais de três anos e menos de cinco anos.
A emigração é um fenómeno com um forte impacto territorial. Qual, nesta medida, o impacto, a nível económico, social e até cultural, do regresso dos jovens emigrantes portugueses aos seus locais de origem?
É esta questão que reúne esta terça-feira (6 de Junho), no Hotel Montebelo de Viseu, entre as 18h e as 19h30, o Vice-Presidente da Fundação AEP, Luís Miguel Ribeiro, os Presidentes das Câmaras Municipais de Viseu, Almeida Henriques, de Mangualde, João Azevedo e, a Presidente da CCDR Centro, Ana Abrunhosa, o Coordenador Científico do Observatório da Emigração, Rui Pena Pires e o Professor Pedro Góis, investigador da Universidade de Coimbra e coordenador do inquérito aos jovens emigrantes portugueses.
A Fundação AEP posiciona-se como pioneira e impulsionadora de uma mudança de paradigma na estratégia de apoio ao regresso desta geração qualificada.
O Projeto Empreender 2020 pretende definir um plano de longo prazo, estimulando a criação de condições para o regresso desta geração e a incorporação no País dos seus níveis de conhecimento.
Para isso o projeto desenvolve-se num plano concertado em cinco passos que ambiciona colocar na agenda o tema da emigração jovem e das perspetivas de regresso, reunindo estudantes, universidades, professores, empresários e instituições diversas, públicas e privadas.
Depois de realizar um diagnóstico da situação atual, o projeto irá desenhar cenários de atuação e avaliar a capacidade de o país acolher estes jovens, desafiando quem pensa partir e quem não pensa regressar, através da criação de um Modelo Prospetivo de Desenvolvimento.
Os últimos três passos do projeto estabelecem os mecanismos que visam reforçar parcerias e pontos de ligação com os jovens portugueses que se encontram espalhados pelo Mundo, mas que pretendem acrescentar valor no seu país de origem. Serão reforçados vínculos e criados e promovidas condições para a sua reintegração, reforçando a competitividade da economia nacional e fazendo acreditar que aqui também há futuro.