José Dias e Raquel Queirós dominaram no Centro de Ciclismo do Minho

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Taça de Portugal de XCO e Encontro de Escolas no Centro de Ciclismo do Minho

 
José Dias (DMT Racing Team) e Raquel Queirós (Guilhabreu BTT) venceram, na categoria de elite, a segunda prova da Taça de Portugal de Cross Country Olímpico (XCO), disputada no Centro de Ciclismo do Minho, em Souto Santa Maria – Guimarães.
Aquando da primeira corrida de XCO em Portugal após a paragem forçada pela pandemia, foi também promovido um encontro de escolas de BTT.
Promovida pela Associação de Ciclismo do Minho e pela Federação Portuguesa de Ciclismo, com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães, a prova ficou marcada pela ausência de público, mas também pelas rigorosas medidas sanitárias, que foram cumpridas por todos quantos participaram na competição e pela grande entrega dos ciclistas em todas as provas, dando assim um colorido bem interessante à Taça de Portugal de BTT XCO.
José Dias, ciclista de Barcelos que alinha da DMT Racing Team, venceu a prova de Elites masculinos, que contou com a ‘fina flor’ do BTT nacional. Depois de uma luta acesa com Roberto Ferreira (Guilhabreu BTT), José Dias chegou isolado à meta, gastando 01h27m14s para fazer as oito voltas à pista. Roberto Ferreira terminou na segunda posição, gastando mais quatro segundos. Ricardo Marinheiro, que corre como individual, foi terceiro.
Em femininos, Raquel Queirós (Guilhabreu BTT) foi a mais forte, dominando a corrida, praticamente, desta a primeira volta. A ciclista de Vila do Conde, que considerou que a prova não lhe correu bem, foi aumentando a vantagem de volta para volta e terminou ao fim de 01h22m19s, gastando menos quase quatro minutos do que Joana Monteiro (AXPO / FirstBike Team / Vila do Conde). Maaris Meier, do Miranda Factory Team, terminou em terceiro.
Os melhores juniores foram João Cruz (Axpo/FirstBike Team/Vila do Conde) e Rafaela Ramalho (Irmãos Moreiras/ACDRREBORBTT), enquanto em cadetes impuseram-se Daniel Lima (BTT Loulé/Elevis) e Mariana Líbano (Maiatos).
Os vencedores nas categorias de veteranos foram os masters 30 André Filipe (CPR A-do-Barbas/Akiplast/PVS) e Cristina Pereira (Figueirasbtt/Lousada/CarvicTeam), os masters 40 Marco Macedo (Saertex Portugal/Edaetech) e Raquel Marques (Axpo/FirstBike Team/Vila do Conde), o master 50 António Passos (Rompe Trilhos/Ajpcar) e o master 60 Luís Tomé (Korpo Activo/Penacova). Paulo Teixeira (Rodabike/ACRG/Gondomar) foi o único paraciclista hoje presente na corrida do Centro de Ciclismo do Minho.
O BTT Loulé/Elevis subiu do Algarve ao Minho para ganhar por equipas.
José Dias (DMT Racing Team), vencedor da corrida de elites masculinos, garantiu ser “muito gratificante conseguir um resultado destes nesta altura em que as provas escasseiam e ainda por cima numa vertente que não é prioritária” por se dedicar em especial às Maratonas. A vencedora em elite femininas, Raquel Queirós (Guilhabreu BTT), reconheceu “alguns percalços antes da corrida” que não lhe permitiram fazer um bom aquecimento mas que “com muito esforço e foco consegui chegar à vitória”.
Delmino Pereira, Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, considerou que a prova no Centro de Ciclismo do Minho “correu muito bem nesta fase de retoma do Ciclismo”. “Temos de nos saber adaptar à realidade, mas esta prova, disputada neste excelente espaço, deu boas indicações e perspetivas para o que se pode vir a fazer. Foi uma organização de sucesso. Conseguimos demostrar que é possível organizar provas e que o mundo do ciclismo sabe respeitar as regras”.
Na mesma linha de raciocínio, Pedro Vigário, selecionador nacional de BTT, salientou “o rigor das regras sanitárias que foram cumpridas por todos. É importante que cada um faça a sua parte para conseguimos levar isto a bom porto. Hoje foi um bom exemplo, com todos a cumprirem”. O selecionador nacional destacou ainda que, “apesar de ser a primeira corrida depois do confinamento, assistimos a desempenhos muito interessantes, de grande entrega por parte dos atletas. Só foi pena não ter sido possível ter público”.
Fernando Cardoso (presidente da União de Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar) mostrou-se muito satisfeito “com a forma como decorreu a Taça de Portugal de XCO”. “Não houve incidentes e foram cumpridas todas as regras. É sempre bom para a freguesia receber aqui provas, ainda para mais deste calibre, com ciclista de topo e de todos os escalões. Claro que noutras circunstâncias, sem estes problemas da pandemia, poderíamos ter aqui muita gente a assistir, o que era bom até para os ciclistas.”
Aproveitando os trabalhos de preparação do circuito e a logística, a Direção da Associação de Ciclismo do Minho promoveu no dia a seguir à Taça de Portugal uma atividade para os escalões de Escolas em que, devido às normas sanitárias, apenas participaram atletas das associações de ciclismo do Minho, Vila Real e Bragança.
A formação Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo|Frulact destacou-se na classificação coletiva no conjunto das provas de Contrarrelógio Individual e Eliminação.
Apesar de todas as restrições, assistiu-se a uma competição bem animada, com os pequenos ciclistas a mostrarem os seus dotes e a vontade de mostrar a sua evolução.
Em termos de resultados, o menos importante nas provas de Escolas, evidenciaram-se Gonçalo Silva (Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo/Frulact) Matilde Fraga (Sabor do Norte/Escola Ciclismo BilaBiker´s) na categoria de Juvenis, Afonso Silva (Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo/Frulact) e Diana Silva (Sabor do Norte/Escola Ciclismo BilaBiker´s) em infantis, Carlos Silva (Domarsa/Santa Cruz/Bicicastro) em iniciados e Tiago Nogueira (Domarsa/Santa Cruz/Bicicastro) e Daniela Fernandes (Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo/Frulac) em Benjamins.
Hélio Silva, diretor desportivo da Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo|Frulact) salientou que “os miúdos portaram-se muito bem, deram o seu máximo e divertiram-se muito, que é o mais importante nestas idades, conviveram e viram alguns dos seus colegas. Infelizmente, teve de ser uma prova curta e sem público, mas correu muito bem. Quero felicitar a ACM por esta iniciativa, por dar início a estas competições e pela forma como a organizou”.
Vítor Vigário, do Domarsa/Santa Cruz/Bicicastro, lembrou “que isto é uma grande aprendizagem para todos”. “Foi um teste porque em breve estes miúdos regressam à escola e aqui já aprenderam como se devem comportar. Tivemos aqui uma manhã diferente e já lhes fazia falta e eles divertiram-se imenso. Quero dar os parabéns à ACM pela iniciativa, pelo esforço em regressar com o ciclismo. Foi uma prova cinco estrelas”.
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