O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse em Viseu que o seu ministério “procurará fazer tudo para apoiar” a implementação naquela cidade de um sistema de videovigilância que terá mecanismos de alarmística.
“A videovigilância é hoje um instrumento muito importante para garantir o reforço da prevenção, porque é aí que devemos trabalhar, no domínio policial, e Viseu é um dos municípios que quer avançar com essa experiência, à semelhança de outras cidades do país”, afirmou José Luís Carneiro.
O governante falava aos jornalistas no final da cerimónia do 146.º aniversário da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Viseu, onde o comandante, Pedro Sousa, e o presidente da Câmara Municipal, Fernando Ruas, tinham pedido a implementação do sistema de videovigilância.
“O que foi transmitido ao senhor presidente da câmara é que tudo procuraremos fazer para o apoiar nesse objetivo”, sublinhou o ministro José Luís Carneiro.
A implementação daquele sistema “obedece a uma avaliação feita” pela PSP, em articulação com a Polícia Municipal e a Câmara Municipal de Viseu, “e o Ministério da Administração Interna apoiará, do ponto de vista técnico, naquilo que for necessário apoiar”, reforçou.
José Luís Carneiro acrescentou que o sistema terá “mecanismos de alarmística, ou seja, mecanismos de alerta para que as forças policiais, nomeadamente os senhores comandantes distritais, possam pré posicionar os meios, utilizando-os com maior eficiência”.
O governante comparou o sistema ao existente na prevenção dos incêndios florestais, como o que existe na comunidade intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, que faz videovigilância no território e permite agilizar a organização e posicionamento dos meios, mediante os riscos.
“O mesmo se pretende nas questões ligadas à criminalidade, ou seja, é feita uma avaliação território a território. Dos territórios que comportam maior ameaça, maior risco, são introduzidos mecanismos de alarmística”, especificou.
Aos jornalistas assumiu ainda que “é o que se pretende com esta nova geração de mecanismos de videovigilância e, depois, com os sistemas de alarmística” e, “se correr como previsto, estas medidas estarão já integradas na nova estratégia integrada de segurança urbana”.
No que diz respeito a Viseu, o município já tem um contrato local de segurança e, agora, o Governo quer “que estes novos contratos já integrem estas novas respostas que utilizam a tecnologia, para reforçar as possibilidades do dispositivo convencional”.
O processo está a ser trabalhado, até porque, lembrou o governante, “sempre que se avança com estes mecanismos de videovigilância, entre outras entidades, [é necessário] consultar nomeadamente a Comissão Nacional de Proteção de Dados”.
“Para procurarmos compatibilizar dois valores: o valor da segurança, por um lado, como o valor das liberdades e das garantias dos cidadãos”, por outro, pois “tem de haver sempre equilíbrio na utilização e no uso destes instrumentos tecnológicos ao serviço da segurança de todos nós”, justificou.