Estudo de impacto ambiental de novo parque industrial de Viseu quase concluído

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presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, anunciou hoje que o estudo de impacto ambiental do Parque Industrial de Lordosa está “praticamente concluído” e que o projeto deverá ainda beneficiar do atual quadro comunitário de apoio.

“Na segunda-feira, a vice-presidente vai à CCDR (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional) fazer a última discussão do estudo de impacto ambiental. O projeto está pronto e esperamos que, ainda neste quadro comunitário de apoio, se apoie a candidatura que iremos apresentar até ao final de outubro”, afirmou.

Almeida Henriques deu estas explicações durante a Assembleia Municipal, depois de ter sido confrontado pelo deputado socialista Cristofe Pedrinho com o facto de o projeto do parque industrial de Lordosa estar “só no papel”.

Cristofe Pedrinho disse também que, em junho de 2015, o grupo TCS e o município “anunciaram a construção de uma unidade do grupo em Viseu, num investimento de 15 milhões de euros, e a criação de 50 postos de trabalho numa primeira fase”.

“A instalação da TCS será no parque industrial de Mundão, com a venda de dois lotes devidamente preparados. O acordo é fechado ao abrigo do Viseu Investe”, contou.

No entanto, segundo o deputado do PS, no dia de hoje o que se encontra nesses dois lotes é “nada, porque a TCS não se instalou em Viseu”.

“Quanto à internacionalização de que falou em 2015, devia estar a referir-se às empresas com sede em Viseu que preferem fazer novos investimentos em concelhos vizinhos, como são os casos da Embeiral, que vai investir e criar emprego em Vouzela, e da JLS, que anunciou a compra de oito hectares em Mangualde”, acrescentou.

Cristofe Pedrinho questionou “quantas indústrias Viseu cativou, nacional ou internacionalmente, para se instalarem de raiz com mais de 50 postos de trabalho de uma só vez nos últimos anos”, respondendo que foram “zero Indústrias”.

Almeida Henriques destacou o “esforço que tem sido feito no município de Viseu em relação a toda a captação de investimento”, dizendo que “esperava que as pessoas fossem isentas e que enaltecessem os 102 projetos de investimento que já se fixaram em Viseu” desde que tomou posse, “os mais de 3.200 postos de trabalho criados através da ação do município e os mais de 240 milhões de euros de investimentos”.

“É uma leviandade vir para aqui dizer que não se criaram postos de trabalho no domínio industrial. Só se criaram 345 postos de trabalho no domínio industrial neste período em cerca de 18 projetos”, sublinhou.

O autarca disse ainda que, “quando um investimento não se fixa em Viseu e se fixa num concelho vizinho”, é o primeiro “a ligar ao presidente da Câmara a dar os parabéns”.

“A região tem que viver como um todo, Viseu não é uma ilha”, acrescentou.

Durante a Assembleia Municipal, foi aprovada, por unanimidade, uma moção que exige a reabertura da extensão de saúde de Bodiosa, que está encerrada desde março, sendo, para isso, necessário colocar uma nova central telefónica e substituir uma trabalhadora.