A Câmara de Viseu quer aproveitar a Estratégia Local de Habitação para levar pessoas para as zonas rurais do concelho, estando previstos 13 milhões de euros para aquisição e reabilitação de edifícios, disse o seu presidente, Fernando Ruas.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião de câmara, Fernando Ruas considerou que a Estratégia Local de Habitação de Viseu “é um programa extremamente ambicioso” que, no total, tem alocados cerca de 30 milhões de euros.
“Achámos que ela não se devia circunscrever apenas à zona urbana, mas também aproveitar para recuperar algumas casas nos centros históricos das aldeias e depois disponibilizá-las, porque elas vão ficar bem recuperadas”, afirmou.
Na reunião pública de hoje, o executivo aprovou a aquisição de dois imóveis na freguesia de Bodiosa.
Segundo Fernando Ruas, para essas zonas do concelho, “o Rural Habita tem 13 milhões de euros para aquisição e reabilitação” de edifícios, destinados a 144 famílias.
“A partir do momento em que tenhamos casas disponíveis, quando aparecerem interessados, não temos nenhum problema em os dirigir para essas zonas”, frisou.
O autarca social-democrata explicou aos jornalistas a orientação que deu aos serviços camarários para os prédios em ruínas: “se o promotor os quiser recuperar, que o faça rapidamente, se não quiser ou se demorar, a câmara ou os compra para a Estratégia Local de Habitação ou para aumentar o espaço público”.
É nesse âmbito que o executivo está a desenvolver um projeto, que Fernando Ruas tem “alguma esperança que dê resultado”, para “fazer uma pequena praça ao lado da Rua Direita”.
“São prédios que estão em ruínas e já dissemos aos donos que os vamos demolir para aumentar o espaço público”, contou, considerando que seria uma obra muito importante quer para a Rua Direita, quer para as restantes artérias do centro histórico.
Além da praceta, o autarca gostaria de “fazer uma ligação rápida à zona da Sé”, a pé.
“Andamos sempre a falar na decadência da Rua Direita, e é um facto, não vale a pena omiti-lo, mas a única coisa que lá tem existido para alterar é investimento público”, considerou.
Durante a reunião, os vereadores socialistas questionaram Fernando Ruas sobre a boca de incêndio que não funcionou durante um fogo ocorrido no início da semana passada, em dois prédios do centro da cidade.
Fernando Ruas disse ter ficado “satisfeito com a atuação dos bombeiros”, nos quais confia para fazer as vistorias, e considerou que o sistema funcionou, porque havia disponível outra boca de incêndio.
Segundo o autarca, existem em Viseu “5.044 bocas de incêndio e 416 marcos de incêndio”, sendo “a verificação do estado dos hidratantes feita aleatoriamente, todos os anos, ao longo de cada ano”.