A Ecopista do Vouga, que tem mais de 60 quilómetros, estará concluída em outubro, revelou hoje o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, Fernando Ruas, numa visita às obras daquela estrutura, em Oliveira de Frades.
“Em outubro. pensamos estar concluída. Esta ligação é potenciada com a Ecopista do Dão, que já está concluída”, disse Fernando Ruas.
Numa visita às obras em Oliveira de Frades, que tem 27 dos 63 quilómetros da Ecopista do Vouga, o presidente da CIM Viseu Dão Lafões disse aos jornalistas que o objetivo é ligar também ao Mondego.
“Mais tarde prevê-se a ligação para a zona do Mondego, o que significa que podemos ficar aqui com uma estrutura que sai do litoral, avança pelo interior e volta ao litoral. Pensamos que isso pode ser muito apelativo para quem se dedica a este tipo de desporto da natureza”, defendeu.
Com um piso diferente do da Ecopista do Dão, já que não é alcatroada, Fernando Ruas disse que “há quem defenda este tipo de piso como muito mais saudável”, embora tenha reconhecido que foi por “uma limitação orçamental”.
O valor da obra é “superior a três milhões” de euros.
“É bom que, numa estrutura com esta dimensão, haja diferentes pisos. A do Dão, que tem 49 quilómetros, foi feita até com o pormenor de ter as cores dos municípios que atravessa, mas foi noutras circunstâncias. Também há quem defenda que não é tão boa para a corrida como esta”, apontou.
Fernando Ruas acrescentou que com a Ecopista do Vouga, somando a Ecopista do Dão e a futura ciclovia, a zona Centro fica com uma estrutura que “pode ser uma alavanca ao desenvolvimento”.
“Esta tem uma outra potencialidade, que é a requalificação da Estrada Nacional (EN) 16, à semelhança do que se fez na EN2”, disse.
Para terminar esta ciclovia, explicou o também presidente da Câmara Municipal de Viseu, “falta fazer a ligação à Ecopista do Dão”, na Avenida da Europa, junto ao tribunal, no concelho a que preside, devido a “constrangimentos com partes da via”.
“Durante muito tempo isto esteve abandonado, as pessoas foram tomando posse e agora libertar esses terrenos é difícil, porque há ocupações que têm alguma duração e as pessoas sentem uma certa legitimidade. Mas já tratámos desses obstáculos”, contou.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, João Valério, disse aos jornalistas que a Ecopista do Vouga “representa um forte investimento no turismo” do concelho e “insere-se na política de desporto aventura e desporto natureza que os executivos têm vindo a implementar” no território.
“Representa também aquilo que, para mim, deve ser o investimento público nos concelhos do interior, porque é em rede, atravessa vários concelhos e permite ao turista conhecer todo um território. Não só as partes urbanas como as freguesias”, defendeu.
A visita contou também com a presença dos presidentes das Câmaras abrangidas pela Ecopista do Vouga: São Pedro do Sul (Vítor Figueiredo) e Vouzela (Rui Ladeira), que já têm prontos os seus quilómetros da via, com três e sete quilómetros, respetivamente.