A FORÇA…, OU A FORÇA DA RAZÃO!
Longo vai o ano de 2003, em que a Câmara Municipal de Viseu adquiriu à REFER o terreno por onde circulava o comboio do Vale do Vouga (que Deus haja) para construir mais uma ecopista. (tanta despesa, para tão pouca utilização…).
Acontece, nem tudo tem sido pacífico, como está a acontecer, desde maio de 2007, no espaço entre Moselos e Travanca, junto à rua do Vale da Telha, em terrenos pertencentes a António Bernardo e à filha Fernanda Almeida, que está em guerra com o Município de Viseu, com início em 21 de março de 2007, ao tentar entrar, pela força, com a Polícia Municipal, a proteger retroescavadoras para derrubar mais de uma dezenas de oliveiras, plantadas ao longo de 80 metros por onde passava o comboio.
António Bernardo e filha Fernanda Almeida tudo tem feito, junto da autarquia para provar que aquele espaço de terreno lhe pertence.
O advogado dos proprietários, argumentou junto da edilidade: – “António Bernardo tinha sido contactado por dois engenheiros da antiga CP reconhecendo que o espaço da linha, pertencia ao prédio adquirido pelos atuais proprietários, dado que a CP os tinha abandona e nunca havia adquirido o espaço por onde passava a via férrea”.
Assim, António Bernardo e sua filha Fernanda, ao longo destes anos, tudo tem feito para que a
ecopista não passe ao meio da propriedade onde pastam animais, aceitando, todavia, que ocupe terreno dos mesmos proprietários junto à Rua Vale da Telha, muito mais favorável.
Nesta segunda-feira, logo pela manhã, uma dezena de agentes da GNR e Polícia Municipal de Viseu protegeram grandes e potentes máquinas retroescavadoras para retirar as enormes pedras que ali foram colocadas de modo a que ecopista não prosseguisse.
Neste espaço de tempo, houve diálogo civilizado entre agentes e proprietários do terreno, puxando cada um, a brasa à sua sardinha, os proprietários amostrarem documentação, junto do advogado e os agentes aconselhando para deixassem avançar as máquinas para a construção da ecopista.
Até que o “quero, posso e mando”, deu ordem para que as máquinas avançassem, retirando as enormes pedras que nem as potentes máquinas mexiam.
O advogado confortava os proprietários que, imediatamente, seguiam para o tribunal no intuito de apresentar ação cautelar.
Assim, vamos aguardar, por mais alguns anos, para se saber se a ecopista passa pelos terrenos de António Bernardo e filha Fernanda Almeida.
Fernando de Abreu