DIÁRIO DE UMA PANDEMIA em Tondela, de 23 de Abril a 18 de Junho

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Exposição fotográfica organizada pelas associações culturais CC11 e ACERT, em parceria com a Câmara Municipal de Tondela. Um retrato da vida quotidiana feito pela comunidade em Portugal de fotógrafos e fotojornalistas, durante o período da pandemia de COVID-19.

Mais de uma ano após a chegada a Portugal da pandemia de Covid-19, quando foram confirmados oficialmente os primeiros casos de infecção, a associação cultural CC11 e a ACERT apresentam em Tondela a exposição fotográfica DIÁRIO DE UMA PANDEMIA, envolvendo mais de 130 fotógrafos, que nos relatam estes dias que alteraram de forma brusca o panorama dos portugueses.

A exposição DIÁRIO DE UMA PANDEMIA é constituída por quatro módulos:

EVERYDAYCOVID, projecto fotográfico criado no Instagram, onde 119 fotógrafos e fotojornalistas portugueses, entre eles oito editores que diariamente selecionavam os registos fotográficos deste grupo de profissionais.”O isolamento, o sentido de clausura, a nova realidade das máscaras, a dinâmica dentro dos hospitais, lares, momentos políticos e até funerais, são alguns dos temas retratados”, como descreve o fotojornalista Miguel A. Lopes, um dos fundadores do projecto, juntamente com Gonçalo Borges Dias. Para a curadoria deste módulo da exposição foram convidados os fotojornalistas Daniel Rocha, Ilídio Teixeira, Luís Filipe Catarino e Tiago Miranda que selecionaram cerca de 90 fotografias que integram um percurso expositivo que termina com um mural onde se lê o nome de todos os autores do projecto e um vídeo que mostra todas as imagens e histórias partilhadas na página Everydaycovid. “A nossa história terá com certeza outros momentos, mas só houve uma oportunidade para registar este. Será a cápsula do tempo desta época que vivemos”, lê-se no texto dos curadores.

RETRATOS DE PORTUGAL PELAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS, uma selecção de fotografias das agências AFP, AP, Getty Images, Lusa/EPA e Reuters, que fazem o relato visual de como Portugal reagiu à pandemia. “Enquanto muitos ficaram a trabalhar na segurança das suas casas, os correspondentes – tal como outros trabalhadores essenciais – continuaram fora de quatro paredes: mostraram ao mundo os bairros de Lisboa sem turistas, o caos dos hospitais, as missas sem crentes, entre tantos outros momentos que marcaram um período nunca antes vivido”, relata Catarina Demony, correspondente da Reuters em Portugal.

DIAS DA PANDEMIA PELA IMPRENSA NACIONAL, uma linha de tempo entre Março e Julho, contada pelas capas dos jornais e revistas portuguesas, a partir de uma selecção do editor João Paulo Cotrim, que nos diz: “A máscara tornou-se o rosto geral, tornando todos um pouco mais iguais, menos indivíduos. Dançamos atrás de cortinas, diz uma chapa, mas ainda assim distinguimos idades e dores, a passagem do tempo, no esvoaçar do branco nos cabelos, no engelhado da mão”.

CLARO E ESCURO, de Luísa Ferreira, autora de inúmeras exposições e livros, desde 1989, recebeu recentemente o Prémio Autores 2019, Artes Visuais, Melhor Trabalho de Fotografia, traz-nos o seu olhar crítico e intimista sobre a pandemia.

DIÁRIO DE UMA PANDEMIA está patente de 23 de Abril a 18 de Junho, na ACERT (Everyday Covid parte 1 e Retratos de Portugal pelas agências de notícias), Biblioteca Municipal Tomaz Ribeiro (Everyday Covid parte 2 e Dias da Pandemia pela imprensa nacional) e Museu Terra de Besteiros (Claro e Escuro de Luísa Ferreira). A entrada é livre e o uso de máscara obrigatório.