Dia Mundial do Cancro do Ovário: o cancro ginecologico mais mortal entre as mulheres

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Hoje, dia 8 de Maio assinala-se o Dia Mundial do Cancro do Ovário.  Todos os anos, em Portugal, são diagnosticados cerca de 600 novos casos. Atingindo, sobretudo, mulheres no período pré e pós menopausa (a idade média é de 54 anos), apresenta uma taxa de mortalidade de cerca de 70%, de acordo com um estudo da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). Constituindo a 7ª causa de morte feminina em todo o mundo e sendo a neoplasia do aparelho feminino que apresenta maior taxa de mortalidade, o cancro do ovário é difícil de diagnosticar. A incidência do cancro do ovário é mais elevada nos países Ocidentais e mais baixa na Ásia, Japão incluído.

Francisco Cortez Vaz, Ginecologista no Hospital CUF Viseu, refere que “o cancro do ovário constitui uma doença silenciosa, e em geral, 75% dos cancros do ovário são diagnosticados, em fases avançadas da doença (estadio III e IV), ao contrário do que acontece com outros tipos de cancros, que permitem um diagnóstico em fase inicial, ”.

“Quando o problema é descoberto e os sintomas começam a aparecer, o grau de compromisso do organismo é já bastante elevado, o que condiciona a possibilidade do tratamento”, conclui Cortez Vaz. Dor e aumento do volume abdominal, cansaço permanente, dor pélvica e sintomas gastrointestinais como náuseas, diarreia e indigestão são alguns dos sintomas frequentes.

O Médico vincula “que os principais fatores de risco prendem-se com a hereditariedade ( casos de cancro dos ovários na família), idade, obesidade, uso de talco e uso de terapêutica de substituição hormonal por longo períodos de tempo. No entanto, pode-se considerar como elementos protectores contra o desenvolvimento do cancro do ovário, a paridade elevada, o uso de pilula contraceptiva e a amamentação”.

No que toca a tratamentos, estes dependem especificamente do estádio do cancro. No entanto,  “ a cirurgia primária de redução tumoral, que deverá ser efectuada por Médicos com treino em Ginecologia Oncológica seguida de quimioterapia adjuvante  é o tratamento padrão.”, conclui o especialista.