Coronel Pedro Calheiros (Chega) quer pôr Câmara a servir os cidadãos

O regulamento militar que regeu boa parte da vida de Pedro Calheiros impediu-o de ser politicamente ativo, mas agora, na situação de reformado, o coronel de cavalaria da GNR quer pôr a Câmara de Viseu a servir os cidadãos.

O candidato do Chega, de 64 anos, serviu em Braga, Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Viana do Castelo, Évora, São João da Madeira, Portalegre, Viseu, Figueira da Foz, Angola e Guiné-Bissau, tendo exercido funções de comando.

Natural do concelho de Tondela, Pedro Calheiros reside em Viseu desde 1987 e aceitou ser o candidato à Câmara da capital de distrito em sobreposição com as tarefas de angariação de candidatos para as listas autárquicas a nível distrital.

Responder ao desafio proposto de mudar um alargado conjunto de procedimentos, “de forma a pôr o município a servir os seus cidadãos, a tratá-los de forma igual e transversal, e a ajudar a superar os constrangimentos sentidos pelos mais suscetíveis” são as suas motivações para esta candidatura.

Pedro Calheiros tornou-se politicamente ativo em 1974, “afirmando a direita como opção política, ao arrepio perigoso da loucura vermelha que se experimentou até ao 25 de Novembro”, recorda.

Entre 1979 e 2017, o tempo foi de “repouso político obrigatório por imperativo legal” e, em junho de 2020, tornou-se militante do Chega, sendo um dos dois vice-presidentes da distrital de Viseu.

Se for eleito nas próximas eleições autárquicas, Pedro Calheiros – que se apresenta com o lema “Servir de Mãos Limpas” – promete “dar contas aos munícipes da forma como se gastam os seus dinheiros alocados ao município”.

“A primeira medida seria cumprimentar aqueles que votaram no nosso projeto, asseverar-lhes que o destino é longe, a bitola de comportamentos apertada, a disciplina exigida, o rigor vertical, os deveres horizontais e o esforço recompensado”, sublinha.

O coronel de cavalaria diz que não abdica de ser honesto, escorreito de procedimentos e de “fazer uma limpeza de tudo o que está mal”.

“Tem de haver quem faça de uma forma criteriosa, e, sobretudo, justa, a inspeção dos gastos, porque isto de pegar no dinheiro público, gastar a torto e a esmo, não havendo mais do que o critério de uma ou duas pessoas que dizem que deve ser assim ou assado, não serve a ninguém”, defende.

O seu programa é um documento aberto, um plano de intenções que será cumprido “na exata medida das possibilidades materiais e humanas” e “sempre na observação do que é prioritário”.

O coronel promete também que este plano será cumprido sem “quaisquer contrapartidas de caráter político-partidário e a pensar nos cidadãos”.

As medidas de caráter social e de segurança, a gestão autárquica e o património, a educação, a cultura e o desporto, a economia, o ambiente e o turismo são os pilares do programa do Chega.

O partido pretende “arrancar com uma equipa local, multidisciplinar, sem vícios políticos e motivada para melhor e mais adequadamente servir a todos”, e “romper com todas as ligações interpartidárias e dos seus aparelhos, as suas servidões, os seus compromissos internos solúveis, os favores a receber ou a pagar”.

Questionado sobre a postura que deve ter um presidente de Câmara perante a oposição, Pedro Calheiros atira: “Deve ser diametralmente oposta ao que todos os dias se vê em relação à forma como os partidos tratam o Chega”.

“É que assim matam a democracia. A tal de um país que se diz democrático, mas em que mais de metade dos cidadãos não vota. É assim uma coisa como ser estudante e não ir às aulas”, considera.

Além dos 36 anos de serviço público, o coronel de cavalaria da GNR exerceu vários cargos e funções na sociedade, como, por exemplo, vogal do Conselho Jurisdicional da Federação Portuguesa de Tiro e membro dos Conselhos Consultivos do Instituto Superior Politécnico de Viseu e do Instituto Superior de Ciências Educativas.

É mestre da Ordem Soberana dos Cavaleiros de Santo Urbano e São Vicente e tem no seu currículo 34 títulos de campeão nacional de tiro de pistola (individualmente e por equipas).

Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD conseguiu 51,74% dos votos (seis mandatos) e o PS 26,46% (três mandatos). A constituição do Chega como partido só foi formalizada em 2019.

Partilhar
Autor
Notícias de Viseu
Notícias de Viseu
Notícias de Viseu é um órgão de informação regionalista, independente, livre de influências políticas, económicas, religiosas ou quaisquer outras, votado à prática de uma informação cuidada, verdadeira e objetiva.

Novidades

1
Acidente carro
Colisão entre motociclo e veículo ligeiro em Viseu provoca uma vítima mortal
2
Viseu
Centro histórico de Viseu sem carros ao fim de semana até setembro
3
urgências médico hospital
Hospital de Viseu com central de esterilização informatizada
4
Viseu
Antigo terreno da estação de comboios de Viseu em hasta por 4,2 ME

Artigos relacionados

pexels-pixabay-47730
CINFAES
santa comba dão
Oliveira de Frades Rockfest
Entre em contacto

+351 232 087 050
*Chamada para rede fixa nacional

geral@noticiasdeviseu.com
publicidade@noticiasdeviseu.com

Avenida do Convento nº 1, Complexo Conventurispress, Orgens 3510-674 Viseu

Subscrever Newsletter
Fique por dentro das últimas novidades e conteúdo exclusivo.
Procurar
Últimas notícias
pexels-pixabay-47730
Quase 100 pessoas impedidas de entrar em recintos desportivos em 2024 – APCVD
Acidente carro
Colisão entre motociclo e veículo ligeiro em Viseu provoca uma vítima mortal
CINFAES
Câmara de Cinfães atribui mais de 100 mil euros em 216 bolsas de estudo
santa comba dão
Autarca de Santa Comba Dão considera que “há outras maneiras” de celebrar democracia