O candidato pelo PSD à Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva, José Manuel Rodrigues, disse hoje à agência Lusa que o seu manifesto eleitoral assenta em cinco pilares e que tem 50 medidas para executar.
“Temos cinco pilares no nosso manifesto eleitoral, no qual estão 50 medidas determinadas para executar ao longo do mandato. Umas serão fáceis de implementar, com menos importância no desenvolvimento, mas que têm importância na qualidade de vida das pessoas. E outras vão tentar dinamizar alguma atividade económica”, sintetizou José Manuel Rodrigues.
O candidato disse que os cinco pilares passam pelo “desenvolvimento sustentado nas questões ambientais e pela coesão territorial”, uma vez que “mesmo dentro dos concelhos que perderam mais população, há freguesias que perderam ainda mais” pessoas.
“Temos também a saúde e bem-estar; a ação social, extremamente importante no nosso concelho dada a idade e a demografia da população; a educação e cultura, e um pilar geral de obras que temos consideradas” para Vila Nova de Paiva, contou.
José Manuel Rodrigues explicou que estes pilares “vão ter um suporte enorme no PRR”, o Plano de Recuperação e Resiliência que, “segundo o primeiro-ministro, estará disponível para as autarquias a partir de abril do próximo ano” e para o qual disse ter “uma enorme preocupação em reter as verbas disponíveis” para as áreas de intervenção.
Outra “preocupação forte” que o candidato manifestou à agência Lusa é a do “combate dos problemas do interior” que, apesar de reconhecer que “são muito parecidos em todas estas regiões, os projetos têm de ser adaptados” a cada concelho.
E para ajudar a combater isso, José Manuel Rodrigues destacou ainda “o turismo, como um dos suportes” existentes no manifesto eleitoral”. Quer ainda “tentar combater a centralidade de algumas empresas, em benefício” de Vila Nova de Paiva.
“Será difícil concorrer com outros concelhos, mas estou certo que, havendo oportunidade, iremos acompanhar as empresas desde o início do investimento até o finalizarem de forma a criar mais oportunidades de emprego e fixar as pessoas no concelho”, reconheceu.
Nesta luta, José Manuel Rodrigues disse estar na sua “área de formação”, uma vez que se formou em gestão empresarial e dedicou a sua vida profissional à banca, tendo no início de carreira lecionado em Vila Nova de Paiva.
“Dentro da banca temos uma perspetiva da atividade económica e aqui, num âmbito diferente, mas numa analogia próxima, de poder dinamizar as economias e facilitar a instalação de empresas” no concelho, defendeu.
E, acrescentou José Manuel Rodrigues: “A negociação está na base da minha formação e como sabemos na retenção e na captação de investimento para os territórios também é necessário ter essa perspetiva”.
Aos 52 anos, casado e pai de três filhos, o candidato natural da freguesia sede de concelho a que se candidata tem feito “toda a experiência autárquica na assembleia municipal”, onde esteve como eleito desde 2009, e, neste último mandato, como presidente.
“Presidente pelo PS, apesar de ter sido sempre independente, porque sempre estive na política por convite, porque para mim o mais importante é o projeto, independentemente das ideologias políticas, porque nessa área sempre fui muito abrangente”, assumiu.
Vila Nova de Paiva, concelho a nordeste de Viseu, situado a mais de 30 quilómetros da capital de distrito, tem uma Câmara constituída por cinco elementos no executivo, três do PS e dois da coligação PSD/CDS-PP.
A estas eleições marcadas para dia 26 de setembro concorrem também à presidência desta autarquia Paulo Marques (PS) e Carolina Schut (CDU).
Atualmente, o executivo é liderado pelo socialista José Morgado, que cumpre o terceiro e último mandato, por imposição da lei e que, em 2017, foi eleito com 49,04% dos 6.893 inscritos.
