O cabeça de lista do Chega à Câmara de Viseu, Pedro Calheiros, criticou as “obras feitas em cima do joelho” nas vésperas de eleições, avisando que as pessoas estão “fartas de serem consideradas patetas”.
Pedro Calheiros disse à agência Lusa que esta situação acontece um pouco por todo o país “para mostrar que um determinado partido ou executivo está a fazer obras”, o que considera que “é do piorio, é uma desconsideração pelas pessoas, é chamá-las tontas”.
Em Viseu, houve “oito anos para se fazer marcações de pisos e para se fazer ciclovias”, mas só a poucos meses das eleições é que surgiram “estas novidades todas”, exemplificou.
O candidato do Chega referia-se aos primeiros seis quilómetros da ciclovia de Viseu, em vias partilhadas entre automóveis e bicicletas.
“Estão a fazer obrinhas que a gente vê, a dar cabo do trânsito em artérias que são fundamentais para o bom escoamento do tráfego”, lamentou.
Os primeiros quilómetros da ciclovia (do projeto de “mobilidade suave”) são na cidade e estão a ser assinalados com uma linha contínua pintada de verde, que mereceu as críticas do coronel da GNR (na reforma).
“Haverá de certeza muita gente que, pondo os olhos nas faixas marcadas de cor diferente, ou seja, que não são as brancas, acabam por tomar aquelas faixas inconscientemente como as suas faixas de trânsito e ultrapassam para um lado ou para o outro o eixo da via que devem tomar”, referiu.
Este projeto de “mobilidade suave” insere-se no sistema Mobilidade Urbana de Viseu (MUV).
A presidente da Câmara de Viseu, Conceição Azevedo (PSD), explicou recentemente que os percursos assinalados a verde “permitem vias mais seguras para ciclistas e para todos, em geral, numa cidade que se quer mais inclusiva, segura e amiga do ambiente”.
Nas eleições de domingo, concorrem à presidência da Câmara Municipal de Viseu Fernando Ruas (PSD), João Azevedo (PS), Nuno Correia da Silva (CDS-PP), Manuela Antunes (BE), Francisco Almeida (CDU), Diogo Chiquelho (PAN), Fernando Figueiredo (IL) e Pedro Calheiros (Chega).