A dinamização de um ecossistema de empreendedorismo, principalmente de base tecnológica, na região de Viseu é o principal objetivo do Centro de Incubação Tecnológica Vissaium XXI, que foi hoje apresentado.
“Queremos aumentar a velocidade do que está a ser feito, mas também temos consciência absoluta de que uma infraestrutura desta dimensão e com este tipo de envolvimento tem repercussões no território que se vão sentindo cumulativamente no tempo”, afirmou o diretor executivo da Vissaium XXI, Sérgio Lorga.
O presidente do Conselho Superior da Vissaium XXI, José Couto, disse que, depois das obras no edifício onde em tempos funcionou o polo regional de Viseu da Universidade Católica, este ficará com espaços que terão “o que hoje a juventude destas empresas necessita”.
Segundo José Couto, o objetivo é “conseguir chegar a vários públicos” e ter, “desde início, os jovens que frequentam as universidades, os institutos politécnicos e os centros tecnológicos”.
O responsável espera que eles sintam que o Centro de Incubação Tecnológica “é uma extensão da sua vida profissional”.
A Câmara de Viseu, que arrendou o antigo edifício da Universidade Católica por 25 anos (tendo no final desse período a opção de compra), já aí investiu “mais de um milhão de euros”, disse o seu presidente, Almeida Henriques.
O autarca lembrou que se encontra em curso uma candidatura no valor de 4,8 milhões de euros, estando a autarquia a investir à medida das suas possibilidades.
“Já não estamos a vir para uma casa vazia. Estamos a vir para uma casa onde já trabalham 270 pessoas”, frisou, admitindo que, no entanto, “Viseu chegou atrasado à lógica da criação de dinâmicas de empreendedorismo e de incubação”.
Almeida Henriques lembrou que o Centro de Incubação Tecnológica vem sendo trabalhado há cerca de quatro anos, o que possibilitou que surja com um ecossistema de empresas já criado à sua volta.
“São empresas que já estão no ecossistema de Viseu, muitas delas captadas nestes últimos dois anos e meio, que são hoje uma realidade palpável”, frisou, avançando que, nos próximos dias, assinará mais um contrato de investimento, “de uma multinacional japonesa, que se irá instalar neste setor das tecnologias da informação”.
Em janeiro, quando a Câmara de Viseu aprovou o anteprojeto de requalificação do complexo onde está instalada a Vissaium XXI – que tem uma área total de 10 mil metros quadrados –, Almeida Henriques disse que deveria estar totalmente concluída dentro de três anos.
O projeto de requalificação está a ser desenvolvido de forma progressiva, estando já a trabalhar no local uma dezena de empresas da área científica e tecnológica.