HISTORICAMENTE, as Cavalhadas de Vildemoinhos, com toda a justiça, é justa e reconhecidamente, como a povoação mais bairrista do concelho, quiçá, diria de toda a região beiraltina, ao manter uma tradição que vem do longínquo ano de 1652.
Nos últimos anos, e devido à pandemia que afeta na doença e mata humanidade em muitos milhões de pessoas, os desfiles alegóricos que vinham de ano para ano a terem maior grande cultural, tradicional e artística, deram lugar a obrigação de manter ininterrupto, para não se quebrar a tradição na visita que o desfile faz à cidade e à capelinha de São João da Carreira.
Neste 24 de junho, dia de São João, mais uma vez se manteve a tradição, com os cavalos e a bandeira dos moleiros de visita à capelinha. Alem deste ato, outro houve levado a efeito pela Junta de Freguesia de Repeses São Salvador perpetuando as Cavalhadas, em mais um ano de tradição, editando um livro em excelente papel coche, capa de cartolina excelemtemte ilustrado, com fotos dos. diversos carros alegóricos, do fotografo viseense José Alberto, trabalho de grande qualidade.
Este livro, que ficará para a história desta centenária tradição do povo de Vildemoinhos intenta, para além do mais, chamar a atenção para um dos mais importantes eventos no domínio do Património Cultural Imaterial, dos que se realizam no país que são as Cavalhadas de Vildemoinhos que vem, de ano, para ano, a manter gradualmente, a riqueza artística e genuína tradição.
No ato da cerimónia da apresentação do livro, edição da Junta de Freguesia Repeses São Salvador, estiveram representantes da Câmara Municipal de Viseu e da Junta de Freguesia.
José Domingos de Abreu Coelho, em nome da Junta a que preside, salientou que o livro agora se edita é o resultado de um projeto acalentado pela Junta de Freguesia de Repeses e Salvador que, através do mesmo, intenta chamar a atenção para um dos mais importantes eventos no domínio do Património Cultural Imaterial da Região de Viseu – as Cavalhadas de Vildemoinhos – uma tradição com séculos de história, anualmente renovada com brilho maior.
Singular projeto de um Povo, alma e coração empenhados em levar a bandeira de uma identidade feita de trabalho e festa de verão – as originais Cavalhadas de S. João.
Acrescentou, ainda, que, “simultaneamente, este livro rememora as vivências da gente de uma aldeia que tirou seu primeiro sustento da indústria moageira, do fabrico do pão que alimentou a cidade, das tarefas do campo, dos cestos e do linho. Almas fortes de pais e avós resguardadas pela gente nova, velho sangue da aldeia que se tornou pátria de adoção, eis o estímulo constante para quem, mantendo a tradição constrói um mundo novo.”
Terminou com agradecimentos e dedicou o livro aos trambelos.