A Assembleia Municipal de Castro Daire aprovou hoje, com votos contra da oposição, o orçamento municipal para 2025, no valor de 31,8 milhões de euros (ME).
“Aprovámos cerca de 32 ME, o maior orçamento de sempre em Castro Daire, associado às maiores execuções de sempre e que temos vindo a conseguir, o que significa que temos muita ambição, porque também temos de sonhar e ambicionar em grande”, afirmou Paulo Almeida.
Eleito pelo Partido Social Democrata (PSD), Paulo Almeida disse à agência Lusa – depois de o orçamento ter sido aprovado na reunião de hoje Assembleia Municipal, com os votos contra da oposição, eleita pelo Partido Socialista (PS) – que o “foco e compromisso é atingir uma execução significativa”.
Os investimentos vão refletir-se em “várias áreas”, desde o turismo, desporto, cultura, saúde, educação às acessibilidades, “muitos deles com financiamento” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do programa Portugal 2030.
“O principal destaque, se tudo correr, como está previsto, vai para a construção de um novo balneário de requalificação do atual das Termas de Carvalhal, na ordem dos 7 ME”, anunciou o autarca.
Também “há um investimento grande na habitação a preços acessíveis, na requalificação do centro de saúde e nas escolas” do concelho, acrescentou.
Paulo Almeida destacou “um grande investimento na rede viária” e, no setor do Turismo, “a finalização do Pombeira Adventure Park”. Tudo isto “traduz-se em investimentos de grandes valores”.
No que diz respeito aos impostos municipais, “Castro Daire é amigo dos munícipes e tem tido as taxas nos mínimos permitidos por lei” e mantendo a isenção da Derrama às empresas.
Desde o final do primeiro mandato, em 2021, que o executivo municipal mantém “um código fiscal de apoio ao investimento, além de estar tudo no mínimo, ainda há descontos adicionais, nomeadamente no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) ou no Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), para quem quer investir ou viver no concelho de Castro Daire (distrito de Viseu).
Os dois vereadores socialistas votaram contra, “na linha do que tem sido o sentido de voto nos últimos anos”, disse à agência Lusa Horácio Ribeiro.
“Este orçamento não vai ao encontro das necessidades do concelho, deviam ter existido outras prioridades e continuam a não existir. Limita-se a replicar aquilo que são as transferências para autarquia e este ano são mais, infelizmente, por causa dos incêndios”, sustentou.
Para Horácio Ribeiro este executivo municipal “tem pouca capacidade de investir, está sempre dependente do Estado central”.
No decorrer da Assembleia Municipal de hoje, os deputados socialistas também votaram contra, um deles absteve-se, e o único eleito pelo Chega, também na oposição, votou igualmente contra.
