A candidata da CDU à Câmara de Mortágua, Sandra Alves, elegeu como principal prioridade o ordenamento florestal do concelho afetado pelos incêndios de 2017, para garantir um território mais sustentável.
“Aquilo que pretendemos para Mortágua é o desenvolvimento sustentável do território, que é sobretudo rural e com muita floresta, que foi fustigado pelos incêndios de 2017. É necessário o ordenamento florestal”, num concelho onde a “monocultura do eucalipto” prevalece, disse à agência Lusa a candidata.
Sandra Alves, de 48 anos, militante do Partido Ecologista “Os Verdes”, é professora do 3.º ciclo e ensino secundário e vive em Penacova, concelho vizinho.
“Queremos desenvolver o concelho para rentabilizarmos o espaço rural, mas de uma forma mais coerente, que não implique a destruição do território”, apontou.
Para a candidata, tem sido feito “muito pouco” nessa área, sendo que “pouca coisa se alterou no terreno”, notando que este não é um problema só deste município.
Sandra Alves acredita que é possível mudar a gestão da floresta em Mortágua e quebrar a monocultura do eucalipto, apostando noutras espécies, algumas de crescimento rápido.
Porém, constatou, é preciso também um trabalho de “mudança de mentalidades”.
Outra prioridade será a proteção das linhas de água, com “algumas muito poluídas, não apenas pelas ETAR [estações de tratamento de águas residuais], mas também dos fertilizantes usados na floresta”, referiu.
Apoios à natalidade e fixação de jovens e garantir ajudas aos idosos do concelho são outras das propostas da candidata.
Em Mortágua, devem também apresentar-se a sufrágio o PS e um movimento independente.
O PSD anunciou que não iria apresentar candidato, depois de o atual presidente da Câmara (José Júlio Norte), que tinha sido indicado pelo secretário-geral do partido, José Silvano, ter anunciado que não se irá recandidatar.
Nas últimas eleições autárquicas, em 2017, o PSD conquistou três mandatos e o PS os outros dois.