O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, pediu ontem uma resposta estruturada do Governo relativamente ao equipamento de proteção e à realização de testes da covid-19 nos lares e nas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).
Para o autarca social-democrata, os ministérios da Saúde e da Segurança Social devem ter uma “resposta efetiva e estruturada”, em concertação com os municípios.
Numa carta enviada há três dias à ministra da Saúde, Almeida Henriques já se tinha manifestado perplexo por ter sido pedida ao município a definição de prioridades dos testes nos lares do concelho, por considerar que tal deveria partir das autoridades de saúde locais e regionais.
“Não aceito que coloquem nos presidentes de Câmara o ónus de definir prioridades em matéria de testes”, frisou.
O autarca esclareceu que “não está em causa a comparticipação municipal”, mas que é necessário “esclarecer a motivação, os objetivos a atingir, os critérios na priorização dos mesmos e uma uniformidade no modelo do seu financiamento”.
No seu entender, o Ministério da Segurança Social deve também garantir, “tão rápido quanto possível, soluções para o fornecimento de equipamentos de proteção individual nos lares e IPSS”, cujos utentes são de risco.
“O município de Viseu está disponível para fazer parte desta resposta, como de resto já aconteceu, com um apoio de retaguarda a situações de emergência destas instituições”, referiu, sublinhando que, no entanto, “a definição de uma política e a primeira linha de resposta cabem ao Estado central”.
Para Almeida Henriques, “esta resposta deve ter como pressuposto operacional uma política estruturada de turnos de 15 dias em cada uma das instituições, de modo a diminuir o risco de contágio e propagação” da covid-19.
O autarca deixou ainda um apelo ao Governo para que “defina uma linha uniforme de comparticipação dos testes de despistagem em lares pelos municípios, tratando de forma igual o que é igual”.