Câmara de Viseu pede adesão às Águas Douro e Paiva para abastecimento em alta

O presidente da Câmara de Viseu anunciou hoje que já assinou o pedido de pré-candidatura para adesão à Águas Douro e Paiva para que este sistema, “o mais barato do país”, abasteça em alta o concelho.

“Esta garantia eu dou. Nós entrámos no caminho da resolução do problema e agora espero que não tenha nenhuma regressão. As Águas do Douro e Paiva garantem-nos a realização dos investimentos necessários para fazer o abastecimento em alta, que é o que pretendemos”, assumiu Fernando Ruas.

O autarca, no final da reunião do executivo de hoje, disse aos jornalistas que “a baixa está assegurada pelo sistema” atual da câmara e “eles garantem o abastecimento em alta num prazo de dois a três anos”.

“E eu quero crer que se for em três anos é um avanço espetacular. E eles garantem todos os investimentos, é o sistema mais barato de todo o país, o que tem o maior reservatório de água e o que tem mais montantes para investir, tem boa saúde financeira”, afirmou.

Fernando Ruas acrescentou que a Águas Douro e Paiva “é quem tem mais capacidade em termos nacionais e, neste momento, estão a 55% de capacidade de água” nos seus reservatórios.

O autarca contou também que as restantes autarquias, com quem Viseu tinha assinado um protocolo para constituir a empresa Águas de Viseu – Penalva do Castelo, Sátão, Mangualde e Nelas – “têm liberdade total para decidir, mas alinharam” na decisão viseense.

“Fizemos uma carta de pré-adesão ao sistema e sugerimos que fizessem o mesmo. Disseram-nos que iam fazer exatamente a mesma coisa e concordámos que o faríamos isoladamente, mas ao mesmo tempo com a entrada da pré-candidatura, que eu até já assinei”, assumiu.

Fernando Ruas explicou que esta decisão foi tomada depois de uma última reunião com a Águas Douro e Paiva, “que teve a iniciativa” de contactar a autarquia, onde também esteve presente a Águas de Portugal.

“Eles vieram dizer-nos que era possível colocar às portas do nosso concelho um volume de água significativo”, lembrou.

No seu entender, “o futuro passa por pertencer ao sistema do Douro e Paiva para fornecer a água em alta e ter também a Barragem de Fagilde pronta para ter um reservatório de água suficiente para o abastecimento”.

“O que me deixa mais descansado é saber que o caminho para a resolução do problema é, num limite máximo, daqui a três anos termos a garantia de que temos água em alta no nosso território”, assegurou.

O autarca assumiu que “esta questão da água no território é o problema mais gritante” que tem em mãos e, com esta decisão de Viseu e dos outros quatro municípios que se abastecem da Barragem de Fagilde, “as Águas Douro e Paiva passam a ter muito perto de 150 mil habitantes” como novos clientes.

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