O presidente da Câmara Municipal de Viseu disse hoje à agência Lusa que ativou o plano de vacinação contra a gripe, através do serviço de medicina de trabalho, para os cerca de 1.000 trabalhadores do município.
“Ativámos dentro do município um plano de vacinação contra a gripe, já que cerca de 70% dos trabalhadores do município interagem com a população em geral”, justificou António Almeida Henriques.
O autarca defendeu que “não é obrigatório, mas dá a possibilidade de todos os trabalhadores da autarquia poderem ser vacinados contra a gripe exatamente para não baixarem as defesas” e para a autarquia estar “mais bem preparada para a eventualidade de haver algum caso positivo e assim ser mais facilmente identificado”.
António Almeida Henriques disse que esta foi uma das últimas medidas que a autarquia tomou no âmbito do combate à pandemia de covid-19, uma vez que, desde março, “o município tem vindo a adaptar regras” de funcionamento.
“Dentro dos serviços municipais vamos manter o distanciamento de segurança e com horários desfasados e, em alguns casos, com recurso ao teletrabalho, nomeadamente nas situações em que os trabalhadores sejam de risco ou em que seja preciso dar apoio à família”, disse.
Ainda assim, Almeida Henriques salvaguardou que “há serviços mais críticos que não podem estar em teletrabalho”, apesar de reconhecer que “há alguns serviços em que não há nenhum inconveniente” e, também por isso, admitiu que a autarquia vai ser “flexível, como tem sido até aqui”.
Tendo em conta o universo atual do município em cerca de mil trabalhadores, o presidente explicou ainda que o município “tinha implementado, e tem sido assim desde o início da pandemia e não vai ser alterado, em algumas situações os chamados horários em espelho”, disse.
Ou seja, explicou o autarca, no mesmo espaço há uns trabalhadores que estão num período do dia e os outros trabalham o outro período do dia para que não se cruzem e haja mais distanciamento nas salas.
Almeida Henriques adiantou também que, dado que o país entrou em situação de contingência, a autarquia “reativou, de imediato, o plano municipal de emergência da proteção civil que, no fundo, permite que a comissão municipal de proteção civil esteja ativa para ocorrer a qualquer situação”.
“O grau de contaminação que temos no concelho de Viseu julgo que também resulta muito do, como se costuma dizer, trabalho de formiguinha, em que cada vez que há um caso vai-se à procura da linha de contágio e, se é preciso atuar, atua-se de imediato”, apontou.