A Câmara de Tondela está disposta a usar receitas próprias para a requalificação do edifício do centro de saúde da cidade, para que seja possível arrancar o mais rapidamente possível com a obra, que há muito é reclamada.
Em comunicado hoje divulgado, a autarquia do distrito de Viseu refere que aguarda a aprovação “dos projetos apresentados ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com vista à requalificação do posto médico do Caramulo (291 mil euros), cujas obras até já arrancaram, e da unidade de saúde de Tondela (1,7 milhões de euros)”.
Segundo a presidente da Câmara, Carla Antunes Borges, estas duas empreitadas foram discutidas recentemente numa reunião realizada com o chefe de gabinete do ministro da Saúde.
Caso a candidatura para a reabilitação do edifício da unidade de saúde da cidade (inaugurado em outubro de 1989) não seja aprovada em breve, a Câmara dará início à obra “ainda antes do final do primeiro semestre de 2023”, utilizando receitas próprias, garante a autarca.
Na Assembleia Municipal de sexta-feira, foi aprovada a revisão da Carta Educativa, um documento elaborado pela primeira vez em 2007.
Carla Antunes Borges considera que se trata de um “importante documento” para o concelho, que recebeu o parecer favorável da Direção-geral de Educação.
“Este é um instrumento que a nível municipal permite o planeamento e ordenamento não só dos edifícios e equipamentos educativos, como das ofertas educativas e de formação e das necessidades que são necessárias satisfazer”, explica.
No entender da autarca, após a aprovação deste instrumento, o executivo pode “ir mais além” e aprofundar a estratégia municipal da educação, através da aprovação de um Plano Estratégico Municipal da Educação, um trabalho a apresentar brevemente.
Na última Assembleia Municipal foi também aprovada a primeira revisão ao Orçamento e Grandes Opções do Plano de 2023, com o objetivo de incluir o saldo de gerência de mais de 7,7 milhões de euros referente ao exercício do ano passado.
Este montante servirá para aumentar as verbas transferidas para as Juntas de Freguesia e movimento associativo e para a compra de terrenos e imóveis que poderão ajudar a resolver o problema da falta de casas no concelho.