A Feira dos Santos de Mangualde, que se realiza sempre no primeiro fim de semana de novembro, não se realiza este ano tendo em conta o agravamento da pandemia.
“Trata-se de uma decisão dolorosa que dá expressão ao sentido de responsabilidade e defesa da nossa comunidade”, justifica o presidente da Câmara, Elísio Oliveira, em comunicado de imprensa.
Tendo em conta a pandemia “e o agravamento da situação a nível nacional e os riscos que daí advém”, explica, a Câmara Municipal de Mangualde “decidiu não realizar, mais uma vez, a tradicional e secular Feira dos Santos, adiando o evento para 2022”.
“Este histórico certame não se realiza este ano, mas voltará a animar a cidade de Mangualde, nos dias 05 e 06 de novembro de 2022, com os milhares de visitantes habituais”, refere a nota de imprensa.
O certame, que em 2020 também não se realizou pelos mesmos motivos, “voltará em 2022 destacando sempre o que de melhor se faz no concelho ao nível da gastronomia, vinhos, artesanato, agropecuária, máquinas e alfaias agrícolas, industria, entre outros, não esquecendo as tradicionais febras e rojões que dão a identidade a esta feira”.
“Sacrificamos a realização da Feira dos Santos em prol de um bem maior, que é a defesa da saúde e da vida das pessoas, bem como da resiliência de toda a sociedade”, sublinha o presidente.
Esta decisão, continua o autarca da Câmara de Mangualde, “tem em conta o prolongamento da pandemia, além do que era expectável, com novos riscos de contágio”.
“Por muito que nos custe a todos, não podemos promover um ajuntamento dinâmico de mais de 50.000 pessoas nos dois dias. Não seria prudente e responsável da nossa parte”, concluiu Elísio Oliveira.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.949.567 mortos no mundo, resultantes de mais de 182,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.101 pessoas e foram confirmados 882.006 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.