António Carlos Figueiredo é o candidato do PSD à presidência de São Pedro do Sul, câmara que presidiu 12 anos e onde deseja regressar para inverter a “desertificação dramática” do concelho e, por isso, fixar jovens será prioritário.
“São Pedro do Sul necessita de um novo projeto, porque temos uma questão, que é de todo o interior, que é a fixação dos nossos jovens, principalmente os que adquirem uma formação, seja profissional ou superior, e nós temos de dar um impulso, porque de outro modo os concelhos vão ficar numa situação penosa”, disse o candidato.
António Carlos Figueiredo, que presidiu a câmara são-pedrense entre 2001 e 2013, eleito pelo PSD, saiu por limitação de mandato, disse à agência Lusa que, “dentro de 10 a 15 anos, o concelho, como outros do interior, estará numa situação de desertificação dramática”.
Sem querer revelar de que forma é que vai atrair os jovens para o município, uma vez que, “primeiro, as ideias concretas têm de ser anunciadas aos são-pedrenses”, mas passa pela “criação de emprego para estes jovens a que a indústria de mão de obra intensiva já não dá resposta”.
Uma das coisas que, no seu entender, “poderá dar resposta, atualmente, é o teletrabalho, porque permite que os jovens possam viver no interior” e, assim, “em vez de passarem dois dias a visitar a família, passam a viver perto dela, a terem qualidade de vida, e os dois dias de descanso é para passearem, por exemplo, para os grandes centros” urbanos.
“Estes jovens têm necessidades e ambições em termos de vida diferentes e, por isso, São Pedro do Sul precisa de retomar um projeto de fixação de população, em especial os jovens e, por isso, quero que as pessoas tenham em mim a esperança para inverter esta situação”, disse.
Advogado de profissão, e para onde regressou após a saída da câmara em 2013, afastando-se de “todas as responsabilidades políticas”, porque, para António Carlos Figueiredo, “a política só interessa se for para dar um contributo para São Pedro do Sul”.
“Só o gosto por São Pedro do Sul, porque gosto muito da minha terra, é que me faz estar na vida ativa política e é só por isso que me interesso, por este concelho e pelo contributo que posso dar para o seu crescimento e para lhe dar futuro. Sinto que o posso fazer”, admitiu.
Aos 61 anos, António Carlos Figueiredo quer voltar a presidir a um concelho que deixou, em 2013, “com mais de 60% dos votos” de um eleitorado que considera ser “muito transversal”, apesar da ligação ao PSD, “os mandatos nunca partidários, mas sim transversais a todas as pessoas”.
Atualmente, a Câmara de São Pedro do Sul é liderada por Vítor Figueiredo, o socialista que conquistou a autarquia em 2013 e que já assumiu a recandidatura para um terceiro mandato, nas eleições autárquicas que acontecerão entre 22 de setembro e 14 de outubro deste ano.
A câmara tem sete mandatos, atualmente, cinco são do executivo socialista, que conquistou em 2017 61,01% dos votos, e dois da oposição social democrática, que teve 33,05% do eleitorado.