Os Deputados do PSD, eleitos pelo círculo eleitoral de Viseu, reuniram, com o conselho de administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu para fazer um balanço da do plano de contingência para a gripe, o impacto da greve cirúrgica e o ponto de situação de investimentos fundamentais e estruturantes para esta unidade de saúde.
Desta reunião, a principal conclusão que retiramos é que há um abandono e um esquecimento intencionais do Governo em relação a tudo o que envolve o CHTV. Com o desinvestimento galopante, questiona-se: qual a categoria de hospital que se pretende para esta região?!
Depois de uma legislatura a anunciar a construção do Centro Oncológico, passados 4 anos, fomos informados que o projeto foi abandonado. Depois de terem apresentado o modelo, de terem explicado as sua mais-valia para a região, informam-nos, agora, que o projeto não serve a instituição?! Abandona-se o projeto e não há consequências?!É inadmissível! Como é possível que se tenha andado a mentir aos viseenses durante tanto tempo?! Mentiram ministros, mentiram secretários de estado, mentiram deputados e mentiram dirigentes partidários, em suma, mentiram todos os socialistas com responsabilidades políticas no país e na região. Afinal, não era em 2019 que os doentes iriam deixar de se deslocar para outros hospitais?! E agora, o que nos espera?! Mais um anúncio, mais um estudo e mais uma promessa?!
Esqueceram-se, igualmente, das obras de requalificação e ampliação da urgência. Um investimento previsto para estar concluído em meados de 2019 que ainda não saiu do papel. Não se compreende que terminado o concurso em outubro de 2017, ainda não haja autorização das finanças para permitir o início das obras. Uma reivindicação antiga, uma necessidade do CHTV, uma obra programada pelo anterior governo com os autarcas da região que está cativada pelo governo. Não há desculpa para tamanha negligência. Os Viseenses não merecem esta desconsideração.
Abandonaram o CHTV porque ainda não repuseram os recursos humanos necessários para ajustar aos horários de 35 horas, sobrecarregando, permanentemente, os profissionais com horas extraordinárias muitas vezes pagas tardiamente. Não falamos apenas de médicos, enfermeiros, auxiliares ou técnicos superiores de saúde. Há outras áreas como engenharia, informática, entre outras, a carecer de contratação.
O CHTV está, efetivamente, no esquecimento deste governo e não foi prioridade. Veja-se também no que concerne à retirada de amianto de edifícios públicos. Para a educação há um programa em curso para salvaguardar a saúde dos alunos e dos profissionais. Para quando um programa alargado a outros sectores da administração pública? O CHTV tem uma área imensa de cobertura de fibrocimento no edifício, é urgente que se tomem medidas para a sua remoção.
O plano de contingência, embora ainda se mantenha em vigor por uma questão de prevenção, é de realçar o efeito positivo na diminuição de doentes com gripe e na afluência de pessoas aos serviços dos CHTV, em especial durante o período de visitas.
Quanto à greve cirúrgica, ficou evidente que haverá consequências no aumento da lista de espera que já era por si extensa. No entanto, é também de salientar que houve da parte dos enfermeiros uma atitude elevada no respeito pelos serviços mínimos, mas é uma situação muito sensível e de difícil gestão. Apelamos, por isso, ao governo que rapidamente encontre solução para este problema para não prejudicar ainda mais os utentes do SNS que, apesar do esforço dos profissionais de saúde, temos assistido a uma perda de qualidade e degradação dos serviços prestados.
Os deputados do PSD