A Direção Regional de Cultura do Centro reabre os seus Museus com um programa especial

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Após mais de dois meses de encerramento ao Público, o Museu José Malhoa e o Museu da Cerâmica, nas Caldas da Rainha, e o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, reabrem ao público e o ambiente é de festa.

Durante o confinamento, as equipas estiveram a trabalhar na melhoria da oferta ao público para uma reabertura que contará com novas exposições temporárias, com visitas interpretadas desenhadas especificamente para esta data e com novas ofertas do serviço educativo.

Para os museus, para as equipas, para o público, para a cultura, é dia de festa. Como tal, a entrada é gratuita nestes três espaços e todos os visitantes recebem uma prenda. O horário será prolongado até às 19H, permitindo uma visita ao Museu no final do dia de trabalho, ou de aulas, nesta segunda-feira especial.

Os Museus e o Centro Interpretativo do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha reabrem cumprindo todas as normas de segurança. O distanciamento e o uso de máscara são obrigatórios e a desinfeção frequente das mãos recomendada, as entradas estão limitadas de acordo com as indicações da Direção Geral de Saúde, pelo que é recomendada a marcação prévia da visita. Os três espaços têm a garantia de segurança atribuída pelo Turismo de Portugal através do selo “Clean & Safe”.

Centro Interpretativo do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha – Coimbra

Marcações: mosteiro.scvelha@drcc.gov.pt  | 239 801 160

 

Exposição Temporária: Gastronomia e Religião de Rosário Pinheiro

A história da gastronomia é a história do Homem, da sua evolução e da sua espiritualidade.
A comida, os ritos e costumes religiosos, são características intangíveis, de um povo, fazem parte da sua cultura. A alimentação é um ato sagrado, que ultrapassa largamente a necessidade de sobrevivência: à mesa fazem-se fundações de cidades, declarações de guerra, tratados de paz, celebrações, negócios e casamentos. Esta exposição alimenta-nos com passagens bíblicas, crenças e rituais, quadras e ditados, tudo aquilo que nos veio parar ao prato, sem origem certa, mas que comemos sem pestanejar.

Visita Comentada: REMÉDIO SANTO

Esta visita dá a conhecer as práticas terapêuticas, os preparados medicinais, os cuidados com o corpo e a devoção aos Santos Gémeos Cosme e Damião, patronos dos médicos e farmacêuticos, percorrendo a exposição permanente “Freiras e Donas de Santa Clara: Arqueologia de Clausura”. A visita destina-se a todos os públicos nomeadamente famílias.

Horário: 10h30 | 11h30 | 12h30 | 14h00 | 15h00 | 16h00 |17h00 |18h00

Duração da visita: 30 minutos | Nº máximo de participantes: 6

Oficina Pedagógica: BOTICA MONÁSTICA

Antes de existirem farmácias e medicamentos, como hoje em dia conhecemos, as práticas curativas e os cuidados de higiene utilizavam plantas medicinais. A sua existência nos mosteiros ocupados por clarissas aparece enunciada na própria Regra escrita por Santa Clara. Nesta oficina, os participantes conhecerão o papel da botica conventual no Mosteiro e na comunidade envolvente, alguns dos princípios curativos da época, e confecionarão o seu próprio creme hidratante.

Horário: 10h30 às 12H00 e das 14h30 ás 16H00

Nº máximo de participantes: 8

Museu de José Malhoa – Caldas da Rainha

Marcações: mjosemalhoa@drcc.gov.pt | 262 831 984

 

Exposição Temporária: Promenade au désert de Pedro Valdez Cardoso

A tensão que Promenade au Désert suscita fica entre a imagem do deserto do passado e a sua congénere futura. Invocando numa primeira instância aparente essa paisagem idílica que recolhemos de múltiplas fontes literárias, cinematográficas e artísticas, o que Valdez Cardoso invoca é, numa outra perspetiva mais profunda, e acima de tudo, uma visão em que o deserto é o espelho da desgraça colonialista ocidental e a base de ataque – numa conceção fantástica e ecocrítica proposta por Ursula K. Le Guin em Os Despojados – ao capitalismo expansivo, predatório e extrativo. Poderíamos ver em Promenade au Désert um lugar literário e filosófico para o visitante, ao mesmo tempo passivo neste espaço restrito do museu, ao mesmo tempo ativo dentro de uma narrativa maior, coletiva, planetária, na qual ele participa.

 

Visita Comentada: Malhoa e os primeiros Naturalistas em Portugal

Esta é a visita que revela segredos e curiosidades sobre as obras Naturalistas presentes na Sala do Grupo do Leão e na Sala Malhoa.

Horários: 10h30 | 11h30 | 14h30 | 15h30

Duração: 30 minutos | Nº máximo de participantes: 5

Apresentação dos novos Kits pedagógicos do Museu José Malhoa

Os estudantes do 1º ano da Licenciatura em Programação e Produção Cultural, da ESAD.CR, criaram cinco Kits Pedagógicos para o Museu José Malhoa.

Os kits “O que é uma escultura?” (para o 1º ciclo), “O que é um retrato?” (para o 2º ciclo), “Como nasce um artista? O pintor José Malhoa” e “O que é uma paisagem?” (para o 3º ciclo), “O Grupo do Leão” (para o ensino secundário), foram elaborados no âmbito da disciplina de Oficina de Mediação Cultural e serão distribuídos nas escolas no final de Abril de 2021.

Horário: 18h00 | Nº máximo de participantes: 8

O Museu da Cerâmica, nas Caldas da Rainha, reabre depois de uma intervenção de conservação de restauro

Marcações: mceramica@drcc.gov.pt | 262 840 280

 

O Museu da Cerâmica está instalado na antiga Quinta Visconde de Sacavém, um conjunto arquitetónico revivalista de final do século XIX.

É no Palacete tardo-romântico e nas áreas anexas que reside a exposição permanente. Devido à falta de manutenção ao longo dos anos e a intempéries, o Palacete apresentava sinais avançados de degradação, assim e atendendo à sua relevância arquitetónica inquestionável, para a região e para o país, no final de 2020, a Direção Regional de Cultura do Centro deu início a uma forte intervenção de conservação e restauro que permitiu a recuperação das janelas e do alpendre deste Monumento Nacional Classificado.

Este espaço reabre agora ao público, com melhores condições de fruição do Museu e da área envolvente, como os jardins da Quinta, de traçado romântico, que constituem um conjunto evocativo do gosto do final do século XIX com alamedas, canteiros, floreiras e um auditório ao ar livre. Neste conjunto arquitetónico ganham relevo as decorações cerâmicas que o ornamentam e onde se podem encontrar azulejos dos séculos XVI ou XX e estatuária.

Nesta reabertura, o Museu traz a público algumas peças inéditas da sua coleção, uma nova exposição temporária e uma proposta de visita temática com oficina.

Exposição temporária: Maria Luísa Fragoso

Esta mostra reúne três dezenas de peças de cerâmica de autor. Inclui uma secção destinada ao tema pascal, com peças de carácter bíblico interpretadas por Maria Luísa Fragoso (1907-1985), de modo ingénuo vazado na sentimentalidade e lirismo das personagens que representa. E outra onde encontramos peças interpretadas sob a temática popular e o quotidiano, nesta o visitante poderá encontrar objetos de uso e decorativos de expressão moderna.

A obra de Maria Luísa Fragoso liga-se à gramática cerâmica seguida em Portugal por Jorge Barradas (1894-1971), a qual, por sua vez, foi influenciada por obras desenvolvidas na fábrica austríaca Goldscheider e noutros centros cerâmicos europeus, particularmente os franceses e italianos.

Visita temática com oficina: A Flora na Cerâmica do Museu

Nesta visita o participante é desafiado a ter um olhar mais atento sobre a flora presente nas peças do Museu, no final experimentará a técnica de decalque, em barro ou gesso, de algumas flores ou folhas naturais existentes no Jardim do Museu.

Horário: 10h00 – 12h00 | 14h00 – 19h00

Nº máximo de participantes: 5